Na política americana, e talvez mundial,
há a expressão “somente um Nixon poderia ir à China”. Trata-se de uma
referência à visita do então presidente dos Estados Unidos Richard
Nixon, em 1972, à China plenamente comunista. Nixon era conhecido no seu
país como um radical anticomunista. No entanto, mesmo assim ele se
reuniu com o secretário-geral do Partido Comunista, restabelecendo
relações diplomáticas entre os dois países e reiniciando um lento e
contínuo processo de reaproximação. Vale lembrar que se vivia no início
dos anos 1970 o auge da Guerra Fria e a China, junto com a União
Soviética, era tida como um dos principais inimigos americanos.
Não se trata de um episódio trivial.
Foi justamente o fato de Nixon ser um
empedernido anticomunista que permitiu que ele se reaproximasse da China
comunista. O motivo é simples. A ideologia de Nixon e o seu compromisso
em combater o comunismo era muito sólido e bem estabelecido em sua
imagem de líder político. Assim, ele tinha mais do que qualquer outro a
autoridade de fazer o que fez. Somente ele poderia liderar a sua base
política de direita e persuadi-la de que se tratava de um movimento
aceitável. Basta imaginar o oposto. Se um presidente americano de
esquerda fizesse a aproximação com a China, ele iria ser imediatamente
acusado de querer implantar o comunismo nos EUA. Isso jamais aconteceu
com Nixon.
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