segunda-feira, 9 de março de 2015

A mãe de todas as derrotas

Passou o carnaval e, como estamos acostumados a afirmar, o ano começou. Feliz 2015, prezados leitores e leitoras! Aliás, passamos dois meses dizendo “feliz 2015″ para todos aqueles que encontramos apenas depois do Réveillon. Do ponto de vista formal, o ano começou com a posse de Dilma. Do ponto de vista substantivo, na política, o ano começou um mês depois, em 1º de fevereiro, com a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Os dois eventos se juntam agora, no início do ano pós-carnavalesco, o ano que vale para um país chamado Brasil.


CorelA eleição de Cunha para a presidência da Câmara representa uma derrota significativa para o governo. Trata-se da “mãe de todas as derrotas” que se seguiram, e foram várias. Há duas comissões parlamentares, no âmbito da Câmara dos Deputados, que são de grande importância para o processo legislativo, em particular quando o governo Dilma terá que aprovar novas medidas econômicas, que são uma inflexão na comparação com a política macroeconômica adotada no primeiro mandato. Trata-se da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Os parlamentares que estarão à frente das duas comissões são figuras de confiança de Cunha e, portanto, não necessariamente vão defender a posição do governo.

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