Aprendi
com Alexis de Tocqueville e Roberto DaMatta que uma sociedade
democrática é aquela em que os homens são parecidos em sua maneira de
agir, de pensar e em suas ambições, em que não há grande diferença entre
ricos e pobres, e o acesso aos bens e a possibilidade de tê-los é mais
ou menos a mesma para todos. Segundo Tocqueville, um dos sinais do
caráter democrático da sociedade americana era que, lá, todos se
tratavam pelo pronome “you”, e não se usavam os pronomes de tratamento
gentleman, Mister ou Sir. Os EUA sempre foram o oposto do Reino Unido,
onde até hoje a formalidade marca as relações pessoais. Quanto mais
igualitária uma sociedade é, segundo Tocqueville, menor os sinais de
diferenciação entre os homens.
Roberto DaMatta, mostrei isso em meu
livro “A Cabeça do Brasileiro”, é o Tocqueville brasileiro. Sua obra
irretocável e paradigmática tem vários ensinamentos para os interpretes
do Brasil. Uma das mais importantes é o caráter hierárquico de nossa
sociedade. No Brasil, todos querem saber o sobrenome de novos
conhecidos, sua origem social (é bem verdade que esse comportamento já
foi mais disseminado). Nos EUA, ninguém pergunta de qual família você é.
Isso não importa, pois a origem social de todas as pessoas é muito
semelhante.
Leia o post completo em: http://grupom.com.br/dores-parto-de-uma-nova-sociedade/
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