Diretor-executivo da maior consultoria de risco político do mundo comenta as mudanças no comportamento do eleitorado e como elas podem afetar as eleições de 2018
SÃO PAULO – As surpresas com resultados das votações em 2016, do apoio ao Brexit à rejeição do acordo de paz na Colômbia, fazem parte de um “ponto de inflexão” que pode ser explicado pela revolta das classes médias tanto em países industrializados como nos emergentes. A desilusão de segmentos importantes da sociedade com a condução da economia e com a ineficiência e corrupção da classe política dão lugar a um sentimento “antissistema” que não é captado pelas tradicionais pesquisas de intenção de voto, na avaliação é de Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia.
Para recalibrar seus modelos, a principal consultoria de risco político do mundo vai dar menos importância às pesquisas tradicionais e concentrar esforços em entender variáveis estruturantes para as análises que fará das eleições na Europa em 2017 e na América Latina em 2018.