segunda-feira, 13 de abril de 2015

Pobres meninas poderosas

Por Maria Cristina Fernandes
Uma é advogada, outra é médica e a terceira, economista. Duas delas tiveram berço de classe média alta e a outra, uma infância pobre e renegada. Jovens militantes, duas delas foram torturadas pelo engajamento contra a ditadura. Uma viúva católica, duas divorciadas agnósticas, todas tiveram filhos e entraram para a política pela esquerda. As três brigam com a balança e apenas uma ganha.
Sexagenárias, derrotaram outras mulheres para conquistar, pela segunda vez, o governo de seus países.


Cristina Fernández de Kirchner, Verónica Michelle Bachelet Jeria e Dilma Vana Rousseff têm sob seu comando metade da América Latina. 

Adotaram a forma feminina do substantivo que designa seu cargo. Com gestões imersas em crises, assistem à sua popularidade despencar. Cada uma reage à sua maneira. Em comum, partilham da solidão de um poder exercido sem o manto do gênero imaculado que as ajudou a conquistá-lo.

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