segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Uma eleição que entra na história


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A eleição de 2014 entrará na história política do Brasil como a mais emocionante e a mais imprevisível desde 1989. Já aconteceu de tudo. No dia 13 de agosto, pouco antes do início da propaganda eleitoral gratuita, Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo. Todos se lembram dos acontecimentos. Na primeira pesquisa divulgada após o acidente, Marina estava na frente de Dilma nas intenções de voto em segundo turno. A subida de Marina foi meteórica. Em seguida, ela foi atacada tanto por Dilma quanto por Aécio. A campanha de Dilma procurava colocar em questão a capacidade que Marina teria para governar o país, apontando contradições e seu discurso, recuos, mudanças de posicionamento. A campanha de Aécio afirmava que Marina era, no fundo, uma petista. O objetivo era resgatar o eleitor tucano que havia decidido votar na candidatura do PSB.

A ascensão de Marina foi tão impressionante que, nos primeiros dias de setembro, Aécio e o PSDB tiveram que vir a público negar que ele desistiria de sua candidatura presidencial para concorrer ao governo de Minas. Isso mesmo. A entrada de Marina na corrida eleitoral teve impacto sobre a disputa em Minas. Antes, havia a possibilidade de que o eleitor mineiro votasse maciçamente em Aécio para presidente e em Pimenta da Veiga para governador. O argumento em defesa do candidato de Aécio ao governo de Estado era simples: com um ex-governador no Palácio do Planalto e seu aliado político no governo de Minas, o Estado seria muito favorecido. A subida de Marina, chegando a ultrapassar Aécio nas pesquisas de intenções de voto regionais, jogou por terra esse argumento. Isso ajudou Fernando Pimentel, do PT, a conquistar o governo de Minas.

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