terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estocolmo não é aqui

Não há nada errado em ser um pouco mais humano. Não há mal em desejar um balanço melhor entre a vida pessoal e profissional

ANDRE-KASSU| »30 de Setembro de 2014 12:25 - Meio & Mensagem

"Eu sou partidário de questionar sempre. Grandes barbaridades começaram por seguir ordens cegamente. Em uma escala menor, empresas são passíveis do mesmo mal"Um assistente que é humilhado pelo gerente diariamente e o chama de mestre. O funcionário que reclama do seu chefe em mantra, mas que não dá o passo para ficar longe do mesmo. Um profissional que é tratado aos gritos, mas abafa o que sentiu nas agressões com um aumento. Um grupo de sequestrados em um assalto a banco em Estocolmo. Os reféns usam os corpos como escudo para proteger seus raptores em uma ligação sentimental que se estende por tempos após o ocorrido. Em comum, o lado oprimido que acredita não haver mais saída, que essas são as regras para sobreviver. Uma relação de coerção e poder onde a vítima, extenuada¬ mentalmente, passa até a desenvolver uma simpatia pelo seu opressor. Para os reféns de Estocolmo, os sequestradores garantiram a vida. Para os do cotidiano, a garantia é do emprego.

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