terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Compras coletivas: os empresários e consumidores estão preparados?

Diante do fenômeno das compras coletivas e das inúmeras reclamações aos próprios sites e portais que agrupam as insatisfações, fica a pergunta no ar: estamos preparados?

Comprar com desconto, quem não gosta? Diante dessa preferência dos consumidores brasileiros em pechinchar para economizar, nasceu, em março de 2010, a primeira plataforma de compras coletivas no país: o Peixe Urbano. Logo depois, veio a americana Groupon, que estava presente nos EUA desde 2008.

A possibilidade de comprar com descontos de até 70% encantou os consumidores brasileiros e fez com que esse fenômeno virasse uma verdadeira febre no país. E diante deste cenário, nasceram no Brasil milhares de sites de compras coletivas menores, segmentados por estado, cidade e até preferências ou hobbies, como os de hotéis e pet shops, por exemplo.

Porém, este tipo de comércio virtual no país está passando por uma transição necessária para a sua consolidação no país, onde somente os sites maiores poderão sobreviver no mercado e, ainda sim, se forem extremamente cautelosos com as reclamações e problemas ocasionados pelo descaso com os consumidores, vide Reclame Aqui.

Reclamações e queixas

É comum que os consumidores se sintam lesados com muitas promoções de sites de compra coletiva que garantem aos compradores o produto ou serviço adquirido, mediante apresentação de cupom comprado através da rede e não utilizarem sua compra por muitos motivos. Dentre eles, não poder reservar uma suíte em um hotel por causa da lotação; ou não poder marcar hora no cabeleireiro por não ter mais horário até o fim da promoção, ou simplesmente porque acabaram os estoques do produto anunciado.

Esses problemas em não poder utilizar o cupom, causam desconforto aos consumidores e às empresas responsáveis por anunciar sua marca e concederem promoções aos seus clientes. Aos consumidores, a impossibilidade de usufruírem de suas compras e às empresas, o problema com a imagem de sua marca, que fica defasada após o não atendimento correto aos compradores, já que os próprios sites de compras coletiva não se responsabilizam por serviços não realizados.

O que vem acontecendo nos últimos meses é uma verdadeira avalanche de reclamações em órgãos responsáveis por fiscalizar os direitos ao consumidor, como o PROCON. Além disso, sites que agrupam essas reclamações, como o Reclameaqui, registram diariamente as insatisfações dos usuários. Mas o que acontece é que muitos desses casos são arquivados e não são resolvidos.

Isso demonstra certo despreparo de todos os envolvidos. Desde os consumidores, que não se atentam às responsabilidades dos sites de compras coletivas e não sabem a quem recorrer, caso não sejam atendidos; até os empresários, que não sabem adequar suas estratégias na hora de utilizar-se destes recursos para promover suas empresas.

Observação:
Nós, da empresa IC GRUPOM, recebemos milhares de e-mails de consumidores insatisfeitos com reclamações diversas e constatamos que os usuários de sites de compras coletivas, muitas vezes, não recorrem ao meio correto para entrar em contato com a empresa de nome homófono: GROUPON.

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